nem sei o nome

Durante o dia,

Outros dias espreitando,

Uns com cara bonita

Outros, com cara de fome;

Uns bem amargos, outros

Doces, tantos outros

São tantos

Que?

São tantos...

Heranças malditas

Do adulto

E da parte infante

De cara amarrada

Nos cantos

com boca de bravo

são tantos,

uns de olhos insanos

outros tão tristes

só se mostram derramando

os prantos

doces, claros e belos

de aureolas parecem santos,

Mimado

Minado,

Doçura

amargo cativante

mais tarde,

o fio

que propaga

na cabeça,

no ar,

na boca

e vai-se

indo pelas fendas

das pedras,

e na porta

de alguma coisa

acende,

quem sabe,

delirante

tantos que são ,

são tantos, que nem todos

eu sei o nome

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 13/08/2014
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T4921048
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