MEIA NOITE
 
 
Fiz uma tarde costurada nas estrelas
O céu de coral, o sol sem labaredas
Vago na noite, sigo o louco vampiro
Enveneno a ânsia e o ar que respiro.
 
Mudo a sintonia ou multo a anomalia 
Pela vontade açoitada numa ventania
Doei no último prazer, na madrugada
A namorada do frio, a vadia do medo. 
 
Deixei, na boca, um beijo extorquido
Ferido no sono ou na bússola perdido
Fui, no veto do voto, o meu alvorecer 
E adormeci parte morto ou parte vivo.
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 04/08/2014
Reeditado em 14/08/2014
Código do texto: T4909559
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