andarilho

O andarilho não se opõe

Ao edifício de pedra;

Percebe no clarão da praça

A procissão de miseráveis;

Diante do sol

Da sua corredeira

De vidro e lembranças

Não indaga sobre as

Sombras ou das penumbras

Que habita que lhe habita o ventre.

Sabe do fosso, do estouro

Do agouro que impregna

A estrada e os trios que beiram

As florestas; sabe dos bichos,

Das ervas que povoa o desconhecido

Já foi tantos, e tantos o foram,

Benzeu-se com água retirada

Das pupilas do céu, mergulhou

Fundo das plantas do infinito,

E beijou em sua jornada o feio e o bonito;

O andarilho se fez a pergunta mais

Fundamental, que sou eu? Que....

O jorro de sangue e madeira não

Veio como esperava, mas o rio

Se alargou, ficou fundo, como se...

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 04/08/2014
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