andarilho
O andarilho não se opõe
Ao edifício de pedra;
Percebe no clarão da praça
A procissão de miseráveis;
Diante do sol
Da sua corredeira
De vidro e lembranças
Não indaga sobre as
Sombras ou das penumbras
Que habita que lhe habita o ventre.
Sabe do fosso, do estouro
Do agouro que impregna
A estrada e os trios que beiram
As florestas; sabe dos bichos,
Das ervas que povoa o desconhecido
Já foi tantos, e tantos o foram,
Benzeu-se com água retirada
Das pupilas do céu, mergulhou
Fundo das plantas do infinito,
E beijou em sua jornada o feio e o bonito;
O andarilho se fez a pergunta mais
Fundamental, que sou eu? Que....
O jorro de sangue e madeira não
Veio como esperava, mas o rio
Se alargou, ficou fundo, como se...