lugar

O lenço

Que plaina

Na queda

De algum avião

De porta aberta

O rio que longe

Passa;

As cercas, belas,

Pintadas, enfileiradas

Troncos e moitas

Amontados

Sobre a terra

Onde se pisa vivos

E mortos,

Onde

A mulher bela

De perna fina

De boca crina

De caráter cimentado

Deitada na relva

De corpo nu

Tanto crua

Como nua

De maia suspensa

Sem nada que a esconda

Dos olhos

De quem se atreve

Esse que

Lhes fala

Fadado ao mistério

Numa fenda

Qualquer

Nesse claro

Que não se pensa

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 03/08/2014
Código do texto: T4907896
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