ariete
Algum dia
Que houve
Perdurou sobre os outros
De forma que
Dia após dia
Um amontoado
De coisas velhas
Se interpuseram nas
Pontas dos dedos;
E se libertaram dos lençóis
Que amarram aos céus
Os pertences das terras
Dia após dia
Esperamos pela chegada,
Dela, a noite faceira,
A noite dançarina
Com suas flechas de
Madeira e de sonho,
Pois queremos sim
Nos despertar, acordar
As coisas que nos olham
De dentro do sono
Depois da batalha
Guardar os mortos
Estender suas toalhas
Nalgum outro enredo
E nos arrumar com a
Água que pisca nos
Beijos das mulheres que amam