ariete

Algum dia

Que houve

Perdurou sobre os outros

De forma que

Dia após dia

Um amontoado

De coisas velhas

Se interpuseram nas

Pontas dos dedos;

E se libertaram dos lençóis

Que amarram aos céus

Os pertences das terras

Dia após dia

Esperamos pela chegada,

Dela, a noite faceira,

A noite dançarina

Com suas flechas de

Madeira e de sonho,

Pois queremos sim

Nos despertar, acordar

As coisas que nos olham

De dentro do sono

Depois da batalha

Guardar os mortos

Estender suas toalhas

Nalgum outro enredo

E nos arrumar com a

Água que pisca nos

Beijos das mulheres que amam

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 30/07/2014
Código do texto: T4902440
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