O Ventre da Rima

O abajur do medo mostra a luz fraca 
Apenas uma fatia de voz, cor e grito
Um rito de cruz, um corte fino a faca
Assim veio a noite do ventre da rima.

Eu atrevi deslocar toda massa de ar
Uma cortina de granito negro no céu 
Escondi estrelas entre anjos albinos
Até o dia esvaziar o útero da poesia.



 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 28/07/2014
Reeditado em 04/08/2014
Código do texto: T4900294
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