O VELHO MOINHO
No salobro das pás
Sopram ventos do passado
Volteando em ponteiros
De relógios fantasmas
Que giram para trás
Carreando lembranças
De antigos passageiros
De almas roídas de mar
E saudades inda vivas
Que dependuradas no tempo
Serenam as tardes
E se vergam
No ranger das carcaças
Do velho moinho abandonado.