não eco
Olhando ao espelho
Revejo-me jovem de
Cara lívida, ainda aberto
As janelas que passam;
Mas logo, como se nada
Durasse, vejo um morto
Com olhos de armadilhas
Desejando me capturar
Não há rio, ou mangue,
Somente o escuro da noite
O meu coração assombrando
O tédio, firmeza inefável
Que anda com o cansaço
Toma a forma de um gigante
E de mãos demoníacas
Aperta o meu pescoço e
Me força a outro sono;
Jovem, onde está com
Sua juventude, com sua
Força e sua coragem?
Não ouço a resposta, o
Som emitido com esperança
Não se faz eco, some do
Mundo e não volta;