AMÉRICAPALESTINA
É das sepulturas que rangem os mortos
Clamam por paz em morte. A vida
não lhes ofertou esse premio.
Famintos quando vivos,
Pereceram até o descanso certo, Suas dores
não cessaram, Porém,
mortos de outrora, Seus descendentes
ainda morrem.
O lodo à porta da morada.
A mesa sem pé,
Um quadrado de madeira,
Eis o móvel sem nome.
Na manhã que nasce, nem pão há.
Famintos esperam seus dias.
Famintos gemem.
Famintos à sepultura descerão.
E clamarão por paz.