TEMPO DE ESPERA
TEMPO DE ESPERA
As palavras estão de greve
e meu coração irritado feito alguém
que espera pelo fim de dois metros de fila.
Ele só não.
O resto de mim quer de volta a floração do verso,
mas não sabe onde esconder a efervescência
que lhe incendeia as artérias,
essa insubmissa vertente
que não quer desaguar no arroio certo.
Basilina Pereira