Ingenuidade

Um ponto no início

Uma linha sem fim

Uma vida sem começo

Um começo voltado para mim

Tudo era estranho

Nada era perfeito

No meio de um buraco estreito

Via o mundo surgir...

O véu tapa o tempo

O tempo surge como um invento

A brisa bate na face

A face sente o vento

O orvalho serena a noite

Noite e dia se misturam

De um ventre nasce uma criança

E para trás ficam as lembranças

Os anos passam que nem vemos

A sabedoria chega devagarinho

A idade vem de mansinho

No meio deste mundinho

Criança de pés descalços

Vai pisando pela rua

Molha o pé desnuda e crua

Rindo, brincando como a cacatua

Hoje este menino

Pisa com um sapato social

Vai marchando firme e forte

Como se fosse um general

O tempo não pode parar

O coração não pode mudar

Mesmo não sendo criança

A ingenuidade jamais pode acabar

Helbert Vinícius de Faria
Enviado por Helbert Vinícius de Faria em 18/07/2014
Reeditado em 18/07/2014
Código do texto: T4887407
Classificação de conteúdo: seguro