bosque
Aos dias que obscureceram
As janelas
O meu apreço;
Pois o escuro
Denso e fauno
Fez do coração
Um endereço;
Quanto tempo
Uma fagulha leva
Par dilatar e ser eterna;
O que tenho são esses
Sapatos que se desgastas
Sobre as pedras
Existem ruas longas
Secas, duras e frescas
Outras romanceadas
Cada uma do seu jeito
Todas são vertigens
Se pisarmos com o coração;
Órgão do sentido
Que trilha, singrando
O bosque da vida
o rio amolecido se deixa
levar aonde o amor se esconde