bosque

Aos dias que obscureceram

As janelas

O meu apreço;

Pois o escuro

Denso e fauno

Fez do coração

Um endereço;

Quanto tempo

Uma fagulha leva

Par dilatar e ser eterna;

O que tenho são esses

Sapatos que se desgastas

Sobre as pedras

Existem ruas longas

Secas, duras e frescas

Outras romanceadas

Cada uma do seu jeito

Todas são vertigens

Se pisarmos com o coração;

Órgão do sentido

Que trilha, singrando

O bosque da vida

o rio amolecido se deixa

levar aonde o amor se esconde

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 17/07/2014
Código do texto: T4885179
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