Alçapão
Venho por caminhos tortuosos
Cobertos do musgo da existência...
Vez ou outra, se tornam retilíneos,
Abaixo dos meus pés as pedras
Movem meus passos numa busca
Involuntária!
No fundo da sua retina, a questão
Maior...
Surge na voracidade ao sentir a vida,
Perfila como os mourões na cerca
Coberta pelo amor agarradinho, e,
Se misturam com as ervas daninhas.
Este sentir equivocado de pureza
Aliena a maldade!
Serve para mostrar o quanto você,
E, eu somos prisioneiros involuntários
Da paisagem... ela, camufla no seio
Verdades e mentiras inimagináveis
No seu caminho esconde...
Alçapão!