Meus Uivos
Eu quero o possuído, o possesso
Quero o perseguido, total inverso.
Quero a Lua do dia, o Sol da noite,
Eu quero é andar só na rua vazia.
Eu quero o áspero, emoção e pele,
Quero toda dor que se cala ao frio.
Quero o barro das margens do rio,
Eu quero o medo da canoa furada.
Eu quero a palma da mão riscada,
Quero do chapisco a dor cravada.
Quero o trato decepado pelo ato,
Eu quero todo o deflorado recato.
Eu quero perder a arca no dilúvio,
Quero ouvir só o eco do meu uivo.
Eu quero o possuído, o possesso
Quero o perseguido, total inverso.
Quero a Lua do dia, o Sol da noite,
Eu quero é andar só na rua vazia.
Eu quero o áspero, emoção e pele,
Quero toda dor que se cala ao frio.
Quero o barro das margens do rio,
Eu quero o medo da canoa furada.
Eu quero a palma da mão riscada,
Quero do chapisco a dor cravada.
Quero o trato decepado pelo ato,
Eu quero todo o deflorado recato.
Eu quero perder a arca no dilúvio,
Quero ouvir só o eco do meu uivo.