ausência

Tua ausência

Não me enriquece

E nem me deixa livre;

Não me dá sabedoria

E nem me faz forte

Nem me incentiva

Não me orgulha e

Nem me prova nada

Sobre minha capacidade de existir

tua ausência é lembrada

como se sem tu

a vida não fosse;

como se de novo os muros

antes erguidos ganhasse

nova forma e voltasse a punir.

Me entristece dia e noite

Como se tua sombra se

Tornasse minha morada

tua ausência não me põe;

nas coisas como supunha;

na verdade tua ausência

ausenta-me de mim mesmo

de forma que fico sem o

chão da vida, me perco

das dos sentidos e das janelas

que colore os dias lentos.

E nada respira em mim

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 07/07/2014
Código do texto: T4873251
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