A incerteza da vida
Nos labirintos em que sempre andei
e que aprendi a conhecer
de repente me dei conta
de que afinal de contas
não conhecia...
Os poços subterrâneos
que me causavam frio
e deixavam as paredes úmidas
eram só tumbas...
que escondiam dores
adormecidas em redes.
Agora tenho sede
e nem mesmo há umidade na parede...
Em desespero cortante
cavo o chão
arranho as paredes
minhas garras afiadas
definham
como eu...
Tudo é breu!
E na escuridão
me perco...
Será que um dia vou achar de novo
a menina inocente
que morava em mim?
Acho que ela morreu e nem me dei conta!