A incerteza da vida

Nos labirintos em que sempre andei

e que aprendi a conhecer

de repente me dei conta

de que afinal de contas

não conhecia...

Os poços subterrâneos

que me causavam frio

e deixavam as paredes úmidas

eram só tumbas...

que escondiam dores

adormecidas em redes.

Agora tenho sede

e nem mesmo há umidade na parede...

Em desespero cortante

cavo o chão

arranho as paredes

minhas garras afiadas

definham

como eu...

Tudo é breu!

E na escuridão

me perco...

Será que um dia vou achar de novo

a menina inocente

que morava em mim?

Acho que ela morreu e nem me dei conta!

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 28/06/2014
Código do texto: T4862244
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