FERIADO
FERIADO
É dia
E há o silêncio da rua
Foi dormir a lua
E o sol se irradia
Ninguém passa
Apenas a hora
Que não leva embora
A preguiça devassa
Late o cão
Grasna o pato
O vizinho de fato
Não está não
Haveria um grito
Nada erudito
Típico de arena
Xingando sem pena
Manifestação irracional
De um “racional”
Que quer calar a natureza
Com especial sutileza
Enfim segue o feriado
Hoje prolongado
Cheio de futebol
Já sem espanhol
E eu aqui na mordomia
A tentar escrever poesia
Sem neta, sem inspiração
Que me faça mover a mão
E aí só sai bobagem
Falta a coragem
Afinal sueto é ócio
Não é dia de poesia
Nem de negócio