FERIADO

FERIADO

É dia

E há o silêncio da rua

Foi dormir a lua

E o sol se irradia

Ninguém passa

Apenas a hora

Que não leva embora

A preguiça devassa

Late o cão

Grasna o pato

O vizinho de fato

Não está não

Haveria um grito

Nada erudito

Típico de arena

Xingando sem pena

Manifestação irracional

De um “racional”

Que quer calar a natureza

Com especial sutileza

Enfim segue o feriado

Hoje prolongado

Cheio de futebol

Já sem espanhol

E eu aqui na mordomia

A tentar escrever poesia

Sem neta, sem inspiração

Que me faça mover a mão

E aí só sai bobagem

Falta a coragem

Afinal sueto é ócio

Não é dia de poesia

Nem de negócio

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 20/06/2014
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