Estrada torta
Estrada torta
Abertas pelo caminho
Se oferecem algumas portas
A recusa de entrar, entretanto
Não por escolha, não por segurança
Não!
Essa certeza é a dúvida que suporta
Estrada torta
Aumenta com tempo que passa
No vento que me corta
os pés calejados
e ainda perdidos
nesta estrada torta
Sem sinalizações
Sem rostos conhecidos
Somente o sopro conselheiro
de alguns heróis falecidos
Pela estrada torta
Há que porta me levarão
estes erros esquecidos
o perdão que não me dei
Essa chave pendurada em seu pescoço
No meio dessa estrada torta
eu deitei
Não por cansaço
Não sei onde vou chegar
Mas sei que não quero ficar aqui
No meio dessa estrada torta
eu deitei
Daqui só saio quando você destrancar aquela porta
E me deixar ir embora sem adeus.