malhas do coração

sob tua véstice bem amarrada

esconde o descontetamento

suplicio que vem das raízes

da profundezas de terra esquecidas..

o rio, vacuidade de desejos,

o esforço de uma vida inteira,

está impenetrável por palavras

desonestas, por cabrestos de pedras..

e não adianta estender as mão, nos

coração alheios buscar a chave que

abre a masmorra, é tua mao que

deve tocar o calabouço, as entranhas

que congelaram aos gritos da multidão..

mas para saber de fato, a cabeça deve

ficar de fora, nas ruelas da lógica, onde

não se fia nas malhas do coração...

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 13/06/2014
Código do texto: T4842904
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