CONSOLO
Das fraturas dos ossos,
o que mais me dói
é a fratura da alma.
Não tive calma.
Tropecei nos destroços,
fui pretenso e inútil herói.
Nada havia morrido!
No lugar do amor, o medo
rompendo estruturas,
afastando criaturas,
rasgando o osso dolorido.
No lugar da luz, o segredo.
Da loucura do enredo,
dentro em mim corrói
a covardia, musa eterna,
sensual, sedutora, fraterna,
juíza implacável do degredo.
O consolo é que a perda constrói.
Das fraturas dos ossos,
o que mais me dói
é a fratura da alma.
Não tive calma.
Tropecei nos destroços,
fui pretenso e inútil herói.
Nada havia morrido!
No lugar do amor, o medo
rompendo estruturas,
afastando criaturas,
rasgando o osso dolorido.
No lugar da luz, o segredo.
Da loucura do enredo,
dentro em mim corrói
a covardia, musa eterna,
sensual, sedutora, fraterna,
juíza implacável do degredo.
O consolo é que a perda constrói.