sagrado e o profano

Suspendamos o futuro

E fiquemos no instante

Delirante,

Amemos esse segundo

Tal como é, absorto, leve

Duro, ou chulé;

As janelas que somos

Se abastecem das coisas

Que são, e não de teses

Que as explicam.

Aproveitemos a ocasião,

E no passado, passemos

Pano de chão. E depois

Em água corrente sem dor

Ou piedade com força e sabão;

E o que restar, ponto crítico

(sempre a rodar)

poremos nele nossa fé

e sem muros ou vãos

absorveremos o claro e o escuro

como se juntos: homem e mulher

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 11/06/2014
Reeditado em 11/06/2014
Código do texto: T4840928
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