sagrado e o profano
Suspendamos o futuro
E fiquemos no instante
Delirante,
Amemos esse segundo
Tal como é, absorto, leve
Duro, ou chulé;
As janelas que somos
Se abastecem das coisas
Que são, e não de teses
Que as explicam.
Aproveitemos a ocasião,
E no passado, passemos
Pano de chão. E depois
Em água corrente sem dor
Ou piedade com força e sabão;
E o que restar, ponto crítico
(sempre a rodar)
poremos nele nossa fé
e sem muros ou vãos
absorveremos o claro e o escuro
como se juntos: homem e mulher