temp ancora

O tempo que cresce

E se abre e recebe

A água fluído, o dia

Se abrindo, a terra germinando

As crianças brincando

A cozinha fazendo a comida

A casa sendo pintada,

Os secretos sonhos dos namorados

O tempo que deseja

O rio, o mar, qualquer água

Que o leve par casa;

O tempo que desce e que

Sobe, desorienta-se e morde

A calda como se fosse cobra;

(dessas que morde o próprio rabo)

O tempo que é pensamento

Que é pesadelo, que é medo

Que é desespero, pois sua

essencia é a passagem

e sua ancora não toca o chao

Que despensa, que tem

Pernas compridas e forte

Que muda, o tempo todo,

Como se o tempo fosse um ser

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 10/06/2014
Código do texto: T4839498
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