temp ancora
O tempo que cresce
E se abre e recebe
A água fluído, o dia
Se abrindo, a terra germinando
As crianças brincando
A cozinha fazendo a comida
A casa sendo pintada,
Os secretos sonhos dos namorados
O tempo que deseja
O rio, o mar, qualquer água
Que o leve par casa;
O tempo que desce e que
Sobe, desorienta-se e morde
A calda como se fosse cobra;
(dessas que morde o próprio rabo)
O tempo que é pensamento
Que é pesadelo, que é medo
Que é desespero, pois sua
essencia é a passagem
e sua ancora não toca o chao
Que despensa, que tem
Pernas compridas e forte
Que muda, o tempo todo,
Como se o tempo fosse um ser