Pare tudo em mim
e que as horas me passem águas em um leito de estiagem.
Estou enlouquecendo de instantes lodos,
doendo-se-me as pedras, meu Deus,
as pedras que jogavam à superfície
os que se demoravam às margens.
 
Passa o céu líquido pelas águas passaradas,
passam as fases da lua e as estrelas e a imensa noite fechada
aninha-se à superfície gelada,
e nada mais se vê refletir
e uma paz solitária fecha-me os olhos,
e fica a boiar
o nada.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 04/06/2014
Reeditado em 05/06/2014
Código do texto: T4831792
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