Marcas Estéreis

O lamento é a resposta dum povo sofrido

Que pranteia desilusões... desperdício!

Sonhos nefastos são constantes, são vícios

Que soterram da higiene mental salutar abrigo!

Se o pensamento é nômade, a vida é cigana

E o homem peça dum artesanato vil e impuro,

Fantoche que cede suas rédeas e vive aos pulos

Em uma seara mambembe em que solo é lama!

Doce lar... capricho doado às ventanias

Do tempo ingrato que só desenhou fantasias

Nas mentes embebidas pelo sal do prazer...

O futuro é fio de escuridão na arena deserta

Sobraçando a estéril esperança que ainda desperta

Meio trôpega entre os raios do novo amanhecer!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 22/05/2014
Código do texto: T4816472
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