Pesadelo

Dor forte, medonha.

A língua mordi.

Há sangue na fronha.

De certo a feri.

Giro a cabeça.

Voz presa, grunhido.

Parceiro em pânico.

Assombra o gemido.

Pernas que movem.

Em frenético agito.

Que males me espantam.

Levando-me ao grito.

Acordo ofegante.

A batalha se finda.

Mas há algo adiante.

Perturbando-me ainda.

Os olhos não fecho.

Tanto custaram se abrir.

Para isolar os monstros.

Que me esperam dormir.

Mas o sono me vence.

Para arena voltei.

Que escolha a sorte.

Quais sonhos terei.