Hoje é tarde de lua baixa.
É sempre em tardes claras que surge a lua
Em meu céu absurdo...
Passa pelos olhos a vida que deixo passar.
Passo os olhos sem vida pelos arredores dos tempos idos
Que me voltam como águas claras e estagnadas
Com duras sombras ladrilhando o fundo.
Talvez todo o sombrear seja a superfície
Repousando vastidões de cinzas nas profundezas.
E a lua baixa surge em minhas tardes claras
Tornando-se nítida na fluidez lodaçal.
É sempre em tardes claras que surge a lua
Em meu céu absurdo...
Passa pelos olhos a vida que deixo passar.
Passo os olhos sem vida pelos arredores dos tempos idos
Que me voltam como águas claras e estagnadas
Com duras sombras ladrilhando o fundo.
Talvez todo o sombrear seja a superfície
Repousando vastidões de cinzas nas profundezas.
E a lua baixa surge em minhas tardes claras
Tornando-se nítida na fluidez lodaçal.