Hoje é tarde de lua baixa.
É sempre em tardes claras que surge a lua
Em meu céu absurdo...
 
Passa pelos olhos a vida que deixo passar.
Passo os olhos sem vida pelos arredores dos tempos idos
Que me voltam como águas claras e estagnadas
Com duras sombras ladrilhando o fundo.
Talvez todo o sombrear seja a superfície
Repousando vastidões de cinzas nas profundezas.
 
E a lua baixa surge em minhas tardes claras
Tornando-se nítida na fluidez lodaçal.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 16/05/2014
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