ILHAS INSANAS
Pálido em meu estado de espanto
O encanto estático, o meu pranto
Saiu do fluxo, caiu do duto normal
Espalhou pelas células, sal da dor.
Meu choro de dentro para dentro
Sem som, cruel, silencioso e letal
Incolor e inodoro, inútil fermento
Do meu tormento febril e canibal.
O ácido que bebe da minha carne
Armadilha, a filha das frustrações
Minha cria, refugos das emoções
Dejetos da vida nas ilhas insanas.
E do parto da angustia, o aborto
Dos momentos do sorriso morto
Do veneno que enterra os poros
E encerra em átimo o ato gótico.
Sem aplausos, no final desse fim
Lacrei janelas, sequei meus olhos
Grafitei no meu delírio a fantasia
E refiz, assim, as peças da utopia.
Pálido em meu estado de espanto
O encanto estático, o meu pranto
Saiu do fluxo, caiu do duto normal
Espalhou pelas células, sal da dor.
Meu choro de dentro para dentro
Sem som, cruel, silencioso e letal
Incolor e inodoro, inútil fermento
Do meu tormento febril e canibal.
O ácido que bebe da minha carne
Armadilha, a filha das frustrações
Minha cria, refugos das emoções
Dejetos da vida nas ilhas insanas.
E do parto da angustia, o aborto
Dos momentos do sorriso morto
Do veneno que enterra os poros
E encerra em átimo o ato gótico.
Sem aplausos, no final desse fim
Lacrei janelas, sequei meus olhos
Grafitei no meu delírio a fantasia
E refiz, assim, as peças da utopia.