não se apavorar

o cheiro de cidreira

me diz:

sem dizer o nome

a sensação dos dias bons

o tempo

acidulado pelas lembrança

me fala de toda existência

quem diria que a inabalável

certeza dissolve

com peso das evidência

meu canto mudou

e minha cidade mudou

e todos os trabalhadores

reformam os calçamentos de pedras

é hora de receber as visitas

olhar outros campos

viver o presente que

nos pede, o claridade

que nos evoca, as novas

formas que nos abona

assentimos

debruçar á janela e não

se apavorar ás imagens

que desfilam.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 09/05/2014
Código do texto: T4800304
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