falar
Na relva suas pernas
A favor do tempo
Aprendeu a caminhar
E não importa o tamanho
Das passadas, o importante
É o movimento, a fluidez com a vida
O olhar, treinado
Para ver tanto em cima
Quanto em baixo
Padece de uma longa espera
Quem salvará o mundo
Das palavras
Das histórias inventadas
Quem arrancara o imperador
Do cavalo branco
O bandeirante das suas vestes imponentes
Quem arrancará a barba do herói
Quem enxergará o homenzinho
Atrás do uniforme de soldado;
Quem amará
Não o vestido bem visto
Mas a alma cálida e acanhada
Que quase todos guardamos
Nem falo de dor ou de medo
Que são sintomas do ato de esconder
Falo aos que colocaram a cabeça par fora
Falo aos que podem ouvir