tecidos engolidos
alguns estão de rifles
outros
descaderados
alquebrados diante da coisa
silenciosa, destronada, abandonada
que nos vaga por dentro
como se não pudesse fugir
ser outra coisa
será o peso da louça
ou dos mercados
dos desejos engolidos
sequer pronunciado
sobre uma terra louca
mas oro por um campo melhor
um tempo melhor
de graça e harmonia
teço com meus versos
a doçura que desejo
ver nos olhos das trevas
as pessoas se reconciliarem
voltar a dizer os nomes
as palavras que nos fazem
sentir de novo