A favela,

Território sitiado,
É lá que eu trabalho,
Subo o morro apreensivo,
Sou um estranho no ninho,
Desafiado frente à frente,
A viver e ser,
Como aquela gente,

Nas estreitas ruas,
Incertas da favela,
Que me coloca,
Na espreita com perigo,
Sentido,
Superado apenas pelo fato,
Da importância do que faço,

E junto com quem mora,
Em cima da corda bamba,
Da bandidagem que comanda,
Gente muito bacana,
Que só leva fama,


E quanta dignidade,
Nos rostos simples,
De cada dia,
Aprendi com essa gente,
A como me entregar  ,
E  a gostar de lá,

Marcia Carriles
Marcya Carrilles
Enviado por Marcya Carrilles em 30/04/2014
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