Olhos
Basta abrir os olhos
Para entender tudo o que se chama Vida.
Pensar, não mais.
Nela não.
Que Ela se dá aos olhos
E nela se toca:
Come-se-a.
E as palavras flutuam
E ganham valor de éter
E mais leve até
Pois nada mais carregam
Senão a si próprias
E um rastro de cores
Que ainda, ainda!
(E tomara, sempre!)
Lhes segue os traços.
O mais é mistério... E que seja.