pudor
não se como sair
do escuro
que carrego.
de tanto clareá-lo
não sei se é escuro
ou claro amordaçado
abeiro-lhe as ventas
toco-lhe a boca
e beijo-lhe a nua
e sinto o seu sexo
mas me atenho diante
do perigo,
e vago de corda, balanço,
na trama de um abismo