Poema lexiogênico
De súbito, na parva pacovice,
o estro de poeta maniqueu
fez do seu imo antídoto do meu,
do jeito que o filósofo o disse.
Não fosse a lira insone de Orfeu
na boca incestuosa de Clarisse
e não escreveria essa tolice
no córtex catártico do Eu.
A poesia é como um nó ateu
posto ao viés da cruz, do bom ladrão,
pronta a atar o nó da contrição
na porta principal do gineceu.
Se por acaso alguém não entendeu
provavelmente sabe a razão.
De súbito, na parva pacovice,
o estro de poeta maniqueu
fez do seu imo antídoto do meu,
do jeito que o filósofo o disse.
Não fosse a lira insone de Orfeu
na boca incestuosa de Clarisse
e não escreveria essa tolice
no córtex catártico do Eu.
A poesia é como um nó ateu
posto ao viés da cruz, do bom ladrão,
pronta a atar o nó da contrição
na porta principal do gineceu.
Se por acaso alguém não entendeu
provavelmente sabe a razão.