Escatoma
Não leve a mal, meu caro, este soneto
ainda que não seja o que tu gostas
e rime a poesia, pelas costas,
feito um monte de bosta no quarteto.
Não leve a mal, meu caro, esse meu jeito,
ainda que te premas de vergonha,
pois sou um vil poeta, sem vergonha
de defecar à luz do preconceito.
Não leve a mal, meu caro, e te prometo
que quando der um fim neste soneto
meu estro há de ter dado uma resposta
para os doutos poetas do parnaso.
Não é, meu caro, a força do acaso
que fez deste soneto esta bosta.
Não leve a mal, meu caro, este soneto
ainda que não seja o que tu gostas
e rime a poesia, pelas costas,
feito um monte de bosta no quarteto.
Não leve a mal, meu caro, esse meu jeito,
ainda que te premas de vergonha,
pois sou um vil poeta, sem vergonha
de defecar à luz do preconceito.
Não leve a mal, meu caro, e te prometo
que quando der um fim neste soneto
meu estro há de ter dado uma resposta
para os doutos poetas do parnaso.
Não é, meu caro, a força do acaso
que fez deste soneto esta bosta.