Violetas

Sem relutar

apanhei-as com ternura

mudei-as de lugar

Sem permissão

decidí: seriam minhas (todas minhas)

beberiam da minha água

seriam afagadas pelas minhas mãos

assim como sempre foram

pelas mãos da sua dona

que as amava

Saudade transportada

por flores coloridas (um encanto)

mudas transplantadas

num pequeno e simples canto

Lembranças diárias

fortes, cuidadas

por minhas mãos que aprenderam

a enorme beleza

das violetas

(14/04/2014)

Publicada no Caderno Literário PRAGMATHA 92

Obrigada pela interação EDSON DOS SANTOS (abaixo):

Violetas se abrem

sorridentes ao amor

o seu perfume deslumbrante

atraindo o beija flor

Violetas perfumadas

alegrando o jardim

com suas pétalas assanhadas

de um aroma sem fim ...

Lá vem a borboleta

voando bem devagar

e na corola da violeta

sutilmente querendo pousar

Rosalva
Enviado por Rosalva em 14/04/2014
Reeditado em 05/01/2021
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