quase nada

o duro muro

de tijolo e tempo

Cedeu ao encanto do mar

E se nos afastou do rebanho

Nas mãos de outro olhar

Nos encontramos falando

De um mundo novo

Não falamos da vida pregressa

Nem do que esperamos do futuro

Sabiamos que nada era importante

Salvo o canto do momento presente

E de tanto nos confessar,

Nos tornamos conhecidos

E as coisas que nos chegavam

eram as mesmas

de modo que o medo dizia

apenas da persistência de algum modelo

Foi então que concordamos

Que quase nada é o que parece

Ser .

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 25/03/2014
Código do texto: T4743353
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.