eu sou!

acordado!

Eu sou!

E por isso eu vou

Não apenas o campo

Percorrido que eu sou.

as portas

Arrebentadas

Chão trincado

E os nãos encastelados

Não

Sou alem disso

Da cancela fechada

Do rio largo

E das mentiras inventadas

Sou asa e sou pedra

Peso e vertigem

Sou tudo sou abrigo

Eu sou e pronto!

Na ponte e na ladeira

No bravejo cumeeiro

sob a labuta

Da carne

No interior das coisas honestas

Sou!

E pronto!

Sou...

Na continuidade do tempo

Dilatado, no ponto fuligem

E no desbravado mistério

Nos caminhos difíceis

Gélidos ou muito quente

E nas paradas duradouras

Na sacada do mundo

Ou dentro dele

Na sua calda

Quente,

Na sua dança indolente

Eu sou

A rigor,

Sou!

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 21/03/2014
Código do texto: T4737891
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