eu sou!
acordado!
Eu sou!
E por isso eu vou
Não apenas o campo
Percorrido que eu sou.
as portas
Arrebentadas
Chão trincado
E os nãos encastelados
Não
Sou alem disso
Da cancela fechada
Do rio largo
E das mentiras inventadas
Sou asa e sou pedra
Peso e vertigem
Sou tudo sou abrigo
Eu sou e pronto!
Na ponte e na ladeira
No bravejo cumeeiro
sob a labuta
Da carne
No interior das coisas honestas
Sou!
E pronto!
Sou...
Na continuidade do tempo
Dilatado, no ponto fuligem
E no desbravado mistério
Nos caminhos difíceis
Gélidos ou muito quente
E nas paradas duradouras
Na sacada do mundo
Ou dentro dele
Na sua calda
Quente,
Na sua dança indolente
Eu sou
A rigor,
Sou!