CASÚLO
(Sócrates Di Lima)
Nas teias das minhas saudades,
O amor tece fios de seda,
E por todas as minhas vontades,
Casulo minh'alma em vereda.
Crio para ela meu próprio jardim,
Em canteiros do meu coração,
E aqui dentro de mim,
Casulo minha adoração.
Dentro de mim há um invólucro,
Onde o amor se transforma,
Sua metamorfose tem fulcro,
Na querência da alma que no casulo forma.
Crisálida ela se faz ninfa pupa,
Dona de sua própria asa,
Que me toma e não me poupa,
Mas, na minh'alma faz sua casa.
E ela tem forma de mulher,
Em fase de borboleta adulta,
Madura, venha como vier,
Em meu casulo seu amor se oculta.
E assim, nasce o amor...
Em toda a metamorfose da vida,
Sem tempo e sem hora, seja como for,
Chega em voo longo embusca de guarida.
Depois de pronto, do jeito que a vida quer...
Formado pela natureza,
O amor se faz mulher,
E no acaso me econtra em sua beleza.
Ah! Que meu casulo é o invólucro dela,
Da mulher borboleta que me faz amar assim,
Enquanto existir, existirá um casulo com ela,
Para crescer e se fazer adulta em mim.
casulo
substantivo masculino
1. [Entomologia] [Entomologia] Invólucro dentro do qual o bicho-da-seda e outras larvas de .insetos se transformam em crisálidas.
crisálida
1. [Entomologia] [Entomologia] Estado do .inseto lepidóptero antes de se tornar em borboleta, entre a fase larvar e a fase adulta. = NINFA, PUPA
2. [Entomologia] [Entomologia] Invólucro do .inseto nesse estado. = CASULO
Borboleta
Como você sabe, as borboletas são criaturas pequenas que pesam apenas 500 miligramas. Assim, diante da ameaça de chuvas com gotas que pesam 70 miligramas ou mais, suas vidas dependem de um bom abrigo (fonte: Raupp - em inglês).
Você pode estar pensando que se gotas de chuva podem ferir uma borboleta, seus dedos também podem. Você está certo. Mas será verdadeira a famosa lenda que diz que a borboleta morre se você tocar suas asas? Não necessariamente - e desde que você não queira maltratar estas belas criaturas.
Pesquisadores do assunto têm apanhado e catalogado borboletas ao longo dos anos para rastrear o paradeiro delas. Estes cientistas e voluntários utilizam redes para capturar insetos voadores para depois, delicadamente, raspar uma pequena área para expor a membrana da asa. Depois eles adicionam uma pequena etiqueta na asa e libertam o inseto. Entre outras constatações, estes estudos revelaram muito sobre a migração das borboletas-monarcas.
As borboletas não somente sobrevivem a estes aparentemente "traumáticos encontros", como também conseguem fugir ilesas de ataques de pássaros (em inglês) e de tempestades. Algumas conseguem até mesmo voar depois de ter um pequeno pedaço de sua asa despedaçada.
Apesar desta capacidade incrível de sobrevivência, as borboletas devem ser manuseadas com cuidado, ou melhor, nem devem ser tocadas. A seguir, saiba como as borboletas utilizam suas frágeis asas.
As borboletas têm dois pares de asas membranosas cobertas de escamas, que apresentam formas e cores variadas, além de peças bucais adaptadas a sucção. Dispõem de um órgão especial, a espirotrompa, formada pelas maxilas, no aparelho sugador de insetos lepidópteros, que, em repouso, permanece enrolada, formando uma espiral que se estende quando querem sugar o néctar.
Distinguem-se das traças (mariposas) pelas antenas retilíneas que terminam numa bola, pelos hábitos de vida diurnos, pela metamorfose que decorre dentro de uma crisálida rígida e pelo abdómen fino e alongado. Quando em repouso, as borboletas dobram as suas asas para cima.
A borboleta pode ter o peso mínimo de 0,3 gramas e as mais pesadas podem chegar a pesar 3 gramas; alguns tipos de borboletas podem chegar a medir até 32 centímetros de asa a asa. [carece de fontes]
Ciclo de vida
O ciclo de vida das borboletas engloba as seguintes etapas:
1 - ovo (fase pré-larval)
2 - larva (chamada também de lagarta ou taturana)
3 - pupa (que se desenvolve dentro da crisálida,também chamado de casulo)
4 - imago (fase adulta)
Durante a fase de lagarta, elas alimentam-se vorazmente e criam reservas alimentícias. Quando a larva está pronta para virar crisálida (estado intermediário por que passam os lepidópteros para se transformarem de lagarta em borboleta), dependuram-se numa folha por um par de falsas pernas, de cabeça para baixo, assim que a pele de suas costas se abre, a larva se sacode e surge uma crisálida. As adultas vivem dessas reservas e complementam sua dieta absorvendo o néctar das flores e os sucos das frutas. A fase adulta pode durar de duas semanas a três meses dependendo da espécie.