Tecendo o texto da vida
O autor segura um fio,
E o passa para o papel tecendo
Um sentimento próprio.
O tecelão da vida, artista sem fim,
É capaz de transformar fios em
Pedaços da auréola de um querubim,
Pois a arte é a imagem da alma ardente,
Em cada instante que passa
E se eterniza no presente,
Pelo fato de o momento
Ser tecido num texto
Pelo autor que trefila seu peito.
Sentimentos são inevitáveis na criação,
Pois ninguém tece um tecido
Sem uma profunda paixão.
Dessa forma, o Tecelão Criador
Se mostra sempre presente
Através do poético furor
E transmite vida ao ser que exalta
A poesia em cada gesto, e, ao escrever,
Alcança a liberdade imediata.
*Poema classificado para integrar a antologia do Concurso Nacional Novos Poetas, Prêmio Poesia Livre 2014.