FLORESTA DISTANTE E SEUS PIRILAMPOS
Esboroou-se ao chão
Girassol do pendão... Firmamento...
Nas penúrias da luz
Recobrindo de negro seu estamento...
Véu em seu entardecer
Ao romper-se... Com o breu de outra noite
Pirilampos a nascer
Vi parir de um ventre... Senoite...
Pervagando o olhar
São trilhões de vaga-lumes
Juntos sem se tocar
Perfeição! No que se resume...
E com eles na mata escura
A coruja de branca face
Lenta ela se vai, procura
Com a madrugada... Enroscar-se...
Bem depois o que há: silêncio
Pirilampos se vão dormir
E a coruja ao sair... Vestígio
Seu vestígio distante eu vi...
E depois que amanhece, na mata
Girassol desperta o instante
E o escuro fenece, desata
Lá do céu... A floresta distante...
Autor: André Pinheiro
15/03/2014