Monotonia

Por entre fendas estreitas no teto

Surge o pingo incolor, cristalino

Toca o piso, de manso e se espalha

Rebate preciso. O alvo não falha

Certeiro no rumo, no prumo ele vem

Exato no tempo, perfeito ele cai

Um, dois, três...dez...vinte...cem...

Derradeira e pesada gota lá vem

Se estica. Se encolhe. Cai. Não cai

Se desprende, por fim!

Trovão forte! Silêncio rompido

Providência irritante...Dor nos ouvidos

Plim! Plim! Plim!

Na vasilha que acolhe a chuva

Que molha o quarto, o prédio, a rua...

Zuca
Enviado por Zuca em 03/09/2005
Reeditado em 16/11/2021
Código do texto: T47212
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