Entre o céu e a terra.
Vi a beleza no meio do mundo,
brotando entre o céu e a terra.
Da terra, o som de um mar bravio.
Do céu, trêmulos beijos na lagoa,
sob a neblina que ocultava seu azul.
Pisei nos trevos que se entremeavam
no verde que aquela grama descobriu.
Pedi a proteção perene das figueiras
imponentes, em suas copas altaneiras,
alicerçadas nas raízes que surgiam,
cercadas pelas folhas que zumbiam
revoltas nos galhos das palmeiras.
A casa antiga, na eternidade dos tempos,
forte, imperando reinos de sóis e ventos,
mostrando sem lamentos, sobre o arvoredo,
toda a sua história e seus muitos segredos.
Só faltou nesta paisagem inigualável
que se aproximasse, surgindo insuperável,
no cinza das nuvens, em sonho de um abraço,
o vulto amado que povoa os meus espaços.