Entre o céu e a terra.

Vi a beleza no meio do mundo,

brotando entre o céu e a terra.

Da terra, o som de um mar bravio.

Do céu, trêmulos beijos na lagoa,

sob a neblina que ocultava seu azul.

Pisei nos trevos que se entremeavam

no verde que aquela grama descobriu.

Pedi a proteção perene das figueiras

imponentes, em suas copas altaneiras,

alicerçadas nas raízes que surgiam,

cercadas pelas folhas que zumbiam

revoltas nos galhos das palmeiras.

A casa antiga, na eternidade dos tempos,

forte, imperando reinos de sóis e ventos,

mostrando sem lamentos, sobre o arvoredo,

toda a sua história e seus muitos segredos.

Só faltou nesta paisagem inigualável

que se aproximasse, surgindo insuperável,

no cinza das nuvens, em sonho de um abraço,

o vulto amado que povoa os meus espaços.

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 02/05/2007
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