Pássaro perdido

Num vôo rasante

Me confundi entre gaivotas,

Bombardeei os sonhos;

Destrinchei palavras de

Amores nazistas.

Atirei em pássaros errantes

Andorinhas vazias.

Mutilei corações de pedra,

Massacrei multidões de corações

Ardente

Em chamas fugazes.

Dominei meu medo

Na curva do rio vermelho

Pelo sangue derramado

Por minhas mãos.

Abruptamente

Num vôo alarmante

Dei por mim de asas partidas,

Sem poder voar...

Faltou força para

Chegar a trincheira e

Me esconder do

Ataque aéreo

Que atingia meu

Coração humano...

E de asas partidas

o que resta a um pássaro...

é morrer...

no exílio.

Nadia dAmaral
Enviado por Nadia dAmaral em 21/02/2014
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