Pássaro perdido
Num vôo rasante
Me confundi entre gaivotas,
Bombardeei os sonhos;
Destrinchei palavras de
Amores nazistas.
Atirei em pássaros errantes
Andorinhas vazias.
Mutilei corações de pedra,
Massacrei multidões de corações
Ardente
Em chamas fugazes.
Dominei meu medo
Na curva do rio vermelho
Pelo sangue derramado
Por minhas mãos.
Abruptamente
Num vôo alarmante
Dei por mim de asas partidas,
Sem poder voar...
Faltou força para
Chegar a trincheira e
Me esconder do
Ataque aéreo
Que atingia meu
Coração humano...
E de asas partidas
o que resta a um pássaro...
é morrer...
no exílio.