EDUARDA

Quando na cidade vim morar,

Recém-chegado do interior,

Achei que eu ia levar

A vida de um ilustre sedutor.

Afinal, sempre me falaram

Que eu era um belo menino,

E o meu ego afagaram

Quando fui atrás do meu destino.

Pensei que ia ter sucesso

Com as meninas na escola,

Mas meu grande progresso

Foi mesmo jogando bola.

Ainda assim não desisti

De com as gurias flertar

Até que um dia eu vi

Uma garota a me olhar.

Tinha um bocado de sardas

E um cabelo comprido.

Seu nome era Eduarda,

E era irmã de um amigo.

Ao olhá-la com atenção,

Bateu-me enorme atração,

E eu que me achava sabido,

Fui flechado por Cupido.

Aquela ruivinha meio louca,

Com sua voz sensual e rouca,

Se apoderou do meu coração,

E me ensinou o que é paixão.

O que começou como brincadeira,

Vem durando a vida inteira.

Hoje estamos felizes, casados

E continuamos bem apaixonados.

Beth Rangel
Enviado por Beth Rangel em 13/02/2014
Reeditado em 15/02/2014
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