Poema 0065 - Amor, até depois...

Deitado no meu leito morre o amor,

faz sombras entre os amantes,

um pouco antes éramos paixão,

é noite...

No epitáfio ficaram as promessas,

semeiam dúvidas, milhares delas,

distribuíram perguntas no seu funeral,

até pensam que jamais voltará.

As rimas saem da boca para lembrança,

nenhuma palavra a mais vai ser ouvida,

das almas correm lágrimas,

nos falsos sorrisos se escondem soluços.

Prefiro que não volte,

se não amar, que morra,

encerre-o entre sua pele quente,

se não esfriar, talvez, só talvez, esperança.

Beijo seu rosto ainda na madrugada e vou,

farei festas para disfarçar minha decepção,

levarei você em cada pedaço após minha morte,

amor, até depois...

04/12/2004

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 18/02/2005
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