revelação

Não me visto de coisas

Das páginas amarelas

Nem dos prazeres das lojas

Sequer das vazias donzelas

Nem dos bigodes afiados

Dos homens infestos

Nem do céu que brilha

nem da sombra do inferno

Não me visto de mentiras

Nem mesmo do mar que

refresca

Nem de castidade nem

De pessoa séria

Nu, sem definição,

Sentir, o rio profundo

E o vale aluvião

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 04/02/2014
Código do texto: T4678076
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