Humanamente envenenados
Nos meios intermitentes onde me encontro só,
onde a náusea transforma a verdade em tontura,
pela causa das bocas que soltam palavras sem dó,
o meu saber fechou porque o tempo não o cura..
Saber, privilégio errado de quem pensa,
como se toda a gente odiasse a verdade,
só pela verdade e com a verdade densa,
que me aperta a boca para não se saber metade...
Humanamente envenenados de privilégios sérios,
gritam a mentira como um desespero teórico,
provas que fogem e não escolhem critérios,
transformam o que se vê como falso, mas categórico...
O que o tempo vai trazer ninguém sabe,
mas a mentira só dura até á sua morte,
porque o protagonismo não cabe,
num buraco da vida sem sorte...
Não necessito aparecer, nem da vida posta em fita,
não procuro o que não é, nem julgar nem invejar,
minha alma ainda é pura e acredita,
que algures uma qualquer entrega irá chegar...
Nuno V Godinho
15-1-2014