_ HAJA LUZ!
_ HAJA LUZ!
Criação, ó Criação,
eis a verdadeira questão!
Metodologia no Ensino,
ninguém mete o dedo na questão.
Sem educações e escolas projetam agendas
visando amparar o bolso do trouxa...
A versão não é outra:
a questão é o dinheiro!
ELE faz brotar os cativeiros:
_ Nenhum estudo, estúpido,
sai do conformismo!
Estudos-estupros, lucros, livros-eunucos, logísticas, ideologias, estatísticas;
ninguém mete o dedo nas feridas,
é só o brotar das m-e-t-o-d-o-l-o-g-i-a-s.
Criação, ó Criação,
eis a verdadeira questão!
Desgovernos formulam planos
econômicos-kosmos-cômicos,
mirabolantes, assim como um transatlântico,
e na mira os ratos atuantes, empreendedores;
na verdade são perdedores
saciando a boca sagaz
da máquina incapaz-capataz às custas
da solitária servidão voluntária.
Criação, ó Criação,
Eis a verdadeira questão!
Mundo do trabalho
sem trabalho.
_ Nele eu me atrapalho, palhaço!
Nenhum trabalho, apenas solidão, servidão e cafetões.
_ Olha lá os bofetões!
Criação, ó Criação,
tudo em estado de putrefação:
celebração-chateação,
mundo das celebridades,
sarados e tarados
celebram a festa macabra,
nela a Arte berra feito cabra:
tear-feijão-arte-iniqüidades...
o mundo avança em idade
e mistura imundícies com futilidade.
Criação, ó Criação,
eis a verdadeira questão!
O cara é gay é bi é trans...
Mulheres e homens se auto-analisam pela sexualidade,
nenhuma novidade,
apenas a gravidade:
aumenta a criminalidade!
Gay é morto a pauladas, a facadas:
o silêncio da massa calada, saciada, conformada, instalada na calada da noite dos tempos.
Massa sem motivos, sem destinos,
massa projetada, arquitetada, é projétil o(a)bjeto:
a felicidade reside nos gordos intestinos.
Criação, ó Criação!
A raça humana não é bendita,
é maldita e violenta no seu senão.
O fruto da invenção da tradição:
_ Ó cristão-pagão!
das somas do dinheirão,
restará tão-somente no caminhão
Mundo-Sem-Religião
um amontoado de tostão.
Criação , ó Criação!
Eis a mídia,
a grande vaca mentirosa!
Maliciosa...
Bando de tiras!
Ó agulha no palheiro!
satisfaz o desespero
do Ocidente-Criança-Imbecil,
a guerra é brinquedo infantil.
Ó Ocidente, ó Oriente:
ambos inexistentes,
apenas a besta fera da tecnologia
metendo a cara na areia fria.
Esquizofrenia nas bandas quentes do Oriente;
Ocidente usurpador, seqüestrador,
tornou a Grécia-Oriente
na Roma lugar-tenente.
Criação, ó Criação!
A tradição da tradição inventou a igualdade
forjada a ferro e fogo.
Que logro!
Já que a questão está posta,
agora encontre a solução, ao menos uma resposta.
Criação, ó Criação,
eis a verdadeira questão!
És linguagem, não és imagem,
nem miragem!
Eia, Orfeu, da Trácia!
Eia, Herôdotos, de Halicarnassos!
Cantem e contem aqui acolá e ali a verdadeira versão
da viagem da Palavra Nossa Encarnada.
Ó Babel, ó Babel !
[a prosperidade humana jamais é estável]
vê se cumpre o seu papel,
_ Deus disse: “HAJA LUZ”!
e a aurora dos tempos resplandece no céu.
Criação, ó Criação,
eis a verdadeira questão!
E mais nenhum tostão,
todo resto é tentação e perdição.
Prof. Dr. Sílvio Medeiros
Campinas, é outono de 2007.