Ateísmo sem Exceções
Ateu que se preza necessita pedestal multicôr
De racional e calmo idealismo e sempre sabe
Volta e meia se desfaz diante do ignóbil vate
Desse deus em miúsculas hipocrisias desafia
E aceita a Ciência cuja resposta divide dôres
Nenhuma religião é superior à verdade disse
E outros se aninham nas idiotices do homem
Acreditando em mil mentiras antigas ilógicas
E aceitando crendo ter a certeza da verdade!
Mas o ateu responde que assim todas agem!
Na verdade o ideal divino está no imaginário
Outros no logro do dogma fátuo negam vida
E este sábio ateísta só concede sua verdade
Um dia saberá tolerar a face ambígua vazia
Desse mundo iludido numa realidade tôsca!
Universo de vastos siderais ignora tudo isso
Ilusão temporária em um piscar de estrelas!
O ateu insiste na questão e em nada desiste
No mundo ôco das teologias velam segredos
Enganam humanidade a esconder soluções!
Quem vem antes o ovo ou a cobra? Repetem
De onde vens este caos? E zombeiam deuses
Anjos preenchem agulhas? Eis sofisma inútil
O homem é bom? Desafiam os crimes vagos
Por fim estamos sós? Assim ignoram fatos...